Dream News (DN) – Qual é o balanço que faz da sua carreia como jogador de futebol profissional?
Miguel Garcia (MG) – O balanço foi bastante positivo porque consegui concretizar o meu sonho de criança, ser jogador profissional de futebol e jogar ao mais alto nível. Consegui jogar em diferentes países e representar a Seleção Nacional.
DN – Qual foi o momento que mais o marcou enquanto jogador?
MG – Tive alguns momentos marcantes na minha carreira, enquanto jogador do Sporting Clube de Portugal foi o golo em Alkmaar e jogar uma final Europeia, no Sporting Clube de Braga foi alcançar um 2.º lugar no campeonato que até hoje foi a melhor classificação do Braga e também ir à final da Liga Europa que também é histórico para o clube. Em relação à Seleção Nacional, foi jogar um Europeu.
DN – Quando é que decidiu que havia chegado o momento de “pendurar as botas”?
MG – Foi uma decisão ponderada juntamente com o meu plano B que era terminar a licenciatura e constituir a minha empresa para tentar ligar o futebol ao imobiliário. Podia ter continuado a jogar, mas após algumas lesões e mazelas nos tendões, decidi que já não valia a pena o risco e que seria melhor apostar na minha formação noutra área.

DN – Tem lembranças do mundo do futebol ou de vez em quando “mata” as saudades?
MG – O futebol deixa sempre saudades, às vezes costumo juntar-me com alguns amigos e jogamos futevolei, mas também há mais formas de matar o bichinho, costumo ir ver jogos no estádio, sente-se sempre aquele ambiente que deixa saudades. Quem foi jogador tem aquela vontade de competir, às vezes sinto essa vontade, mas já não dá para voltar atrás.
DN – Depois do futebol apostou no mundo empresarial. O que o moveu para realizar uma licenciatura em Gestão Imobiliária e um MBA em Negociação Avançada?
MG – Eu sempre gostei de investir em imóveis, a licenciatura foi uma forma de aprender mais para continuar a investir melhor, mas numa fase final da minha carreira comecei a pensar melhor e surgiu a ideia de constituir uma empresa e tornar-me um investidor mais profissional. É importante continuar a aprender e nunca parar porque o mercado imobiliário está sempre a mudar e é importante estarmos atualizado. No ano passado fui a um evento imobiliário em Las Vegas para depois implementar algumas estratégias que usam nos Estados Unidos da América (EUA). Este ano irei novamente.
DN – O que aprendeu e que mais valias recolheu para a sua vida atual ligada aos investimentos?
MG – Através do futebol aprendi muitas coisas importantes, ter saído de casa aos 14 anos fez me crescer mais rápido, custou, mas isso tornou-me uma pessoa mais desenrascada. O futebol deu-me disciplina, obrigou-me também a criar um compromisso comigo próprio, trabalhar em equipa e fez de mim uma pessoa ambiciosa e sempre com vontade de vencer em todos os desafios.

DN – Como e quando surgiu a ideia para criar a sua empresa?
MG – Numa fase inicial, comecei apenas a investir em imóveis para remodelar e revender, hoje em dia dou apoio a jogadores profissionais de futebol, continuo a fazer remodelações e também construção de raiz. À medida que as coisas vão acontecendo, vão surgindo novas oportunidades de negócio no mesmo ramo e vou expandido a empresa.
DN – Qual é o conceito da marca e da empresa que dirige?
MG – O objetivo inicial era acrescentar valor a imóveis que tivessem carência em termos construtivos e dar qualidade de vida a quem os comprasse, à medida que a empresa foi crescendo, começamos a expandir a empresa noutras áreas do imobiliário como por exemplo, a mediação, a promoção imobiliária e a construção.
DN – Que tipo de serviços são prestados pela sua empresa?
MG – Temos vários serviços que prestamos na empresa, mas posso destacar a venda de imóveis onde a remodelação é feita pela minha empresa, consultoria imobiliária, promoção imobiliária, construção de raiz e também uma mediação pontual a jogadores profissionais de futebol. Fazemos também gestão do património imobiliário dos nossos clientes.
DN – Que tipo de imóveis existem à disposição na sua empresa? Onde faz os seus investimentos?
MG – Investimos principalmente na grande Lisboa, imóveis para remodelar, compramos em Lisboa porque há mais oferta, apesar de ser mais caro, mas também se vendem mais rápido e com uma mais valia considerável. Em relação à construção de raiz, neste momento, estamos mais focados na zona da Aroeira, é uma zona em crescimento que tem valorizado bastante.
É mais fácil ser jogador profissional de futebol, mas só quando terminamos a carreira é que olhamos para trás e vemos que ser jogador é maravilhoso. Ser empresário é desafiante e trabalhar no ramo do imobiliário, que tanto adoro, também é motivador.
Miguel Garcia
DN – Trabalhar com a sua empresa representa confiança e qualidade ao mais alto nível?
MG – Trabalhar com a minha empresa, representa uma relação muito próxima com o cliente, mas principalmente de confiança. Os nossos clientes tornam-se nossos amigos e normalmente fazem mais do que um investimento. Não queremos crescer em quantidade, mas sim em qualidade e conseguir estar próximo do cliente.
DN – É mais fácil ser jogador de futebol profissional ou investidor imobiliário?
MG – Na minha opinião, é mais fácil ser jogador profissional de futebol, mas só quando terminamos a carreira é que olhamos para trás e vemos que ser jogador é maravilhoso. Ser empresário é desafiante e trabalhar neste ramo que tanto adoro também é motivador. Penso que o mais importante é fazermos aquilo que gostamos e sermos felizes.
DN – Quais os seus próximos desafios e os da sua empresa?
MG – Em termos pessoais é dar continuidade à minha formação, ir a mais formações nos EUA onde o mercado é mais dinâmico e também onde começam as novas tendências. Em relação à minha empresa, vou continuar a apostar na construção de raiz com maior escala.