Dream News (DN) – O que significa e representa a fotografia para si?
Cristo Dias (CD) – “A fotografia é a linguagem mais universal do que as palavras”, como dizia Minor White. Transcende fronteiras culturais, linguísticas e emocionais, permitindo que sentimentos, ideias e histórias sejam contados de forma que qualquer pessoa possa compreender. Para mim, fotografar é um meio de expressão artística e, ao mesmo tempo, uma ferramenta para responder às necessidades do mercado comercial. No âmbito artístico, procuro capturar momentos que traduzam a essência humana, explorando a relação entre corpo, luz e espaço. Na fotografia comercial, o meu objetivo é ajudar marcas e profissionais a contar as suas histórias e a ligarem-se ao seu público. Seja através de retratos profissionais, moda, produtos ou eventos, vejo a fotografia como um meio poderoso de comunicação visual. Concordo plenamente com a ideia de que “Você apenas tem de viver. A vida dar-lhe-á fotos.”, frase de Henri Cartier-Bresson. A inspiração está em todo o lado — no quotidiano, nas viagens, nas interações humanas. A fotografia é uma forma de abraçar a vida e capturar a sua beleza nas mais variadas formas.
DN – Foi uma paixão que ocorreu de forma natural ou uma oportunidade profissional que surgiu inadvertidamente?
CD – A fotografia foi uma oportunidade profissional que nasceu de uma paixão. Sempre fui fascinado pela capacidade das imagens de contar histórias e evocar emoções, mas foi em 2019, numa Feira Internacional de Arte em Milão (MIA PHOTO FAIR), que essa paixão se transformou numa carreira. Durante o evento, tive a oportunidade de conhecer um curador francês que vive em Milão. Ele interessou-se por uma obra minha — uma fotografia de um Cristo que capturei numa igreja próxima de Estugarda, durante uma visita casual. Essa fotografia, cheia de simbolismo e significado, foi adquirida por “alguém do Vaticano” por intermediação do curador. Esse episódio foi um marco. Não só validou o meu trabalho, como também abriu portas para explorar a fotografia em múltiplos contextos, desde o mundo das artes até ao mercado comercial. Foi o ponto de partida para um caminho que me permitiu alinhar o que amo com o que faço profissionalmente. Cada fotografia é, para mim, uma extensão dessa caminhada, que continua a ser alimentada pela minha paixão por capturar captar o extraordinário no comum.
DN – Que tipo de formação realizou para se tornar fotógrafo profissional?
CD – A minha base de formação é a Comunicação Visual, o que me proporcionou uma compreensão sólida dos elementos de composição e narrativa visual. Para aprofundar os meus conhecimentos técnicos e criativos, frequentei o Instituto Português de Fotografia, as aulas da Mestre Rita Carmo, uma profissional cujo trabalho e a forma de viver a Fotografia admiro. Além disso, tive a oportunidade de realizar formação profissional no Grupo Impresa com o fotojornalista Paulo Petronilho, uma experiência que reforçou a minha capacidade de contar histórias através da fotografia de uma forma dinâmica e impactante. Ao longo dos anos, procurei investir continuamente no meu desenvolvimento, participando em vários programas internacionais, dos quais destaco o Carl Taylor Education, que me permitiram e permitem ainda aperfeiçoar competências específicas e explorar novas abordagens no campo da fotografia. Esta combinação de formações académicas, práticas e autodidatas contribuiu para a construção da minha identidade como fotógrafo profissional.

DN – Qual é o balanço do trabalho desenvolvido até ao momento?
CD – O balanço do trabalho desenvolvido até ao momento é, claramente, positivo e progressivo. Cada etapa do meu percurso como fotógrafo tem representado uma evolução, tanto em termos técnicos como artísticos. Desde os primeiros projetos até aos mais recentes, tenho conseguido construir uma identidade visual própria, enquanto amplio o meu portfólio e consolido a minha reputação no mercado. No campo artístico, sinto que o meu trabalho tem ganho maturidade e profundidade, permitindo-me explorar temas mais complexos e estabelecer ligações emocionais mais fortes com o público. Já no campo comercial, tenho conseguido colaborar com marcas e profissionais de renome, oferecendo soluções criativas que atendem às suas necessidades e superam as expectativas. Este progresso deve-se não só ao investimento contínuo em formação e prática, mas também à paixão e dedicação que coloco em cada projeto. Acredito que o meu percurso é uma construção constante, e cada fotografia que realizo é um passo em direção a novos desafios e conquistas.
DN – A Cristo Dias – Photographer tem à disposição dos clientes que tipo de serviços?
CD – Vejo o meu estúdio como um laboratório criativo onde cada cliente me traz um novo desafio. O meu foco está na fotografia de pessoas e de coisas, proporcionando soluções visuais adaptadas às necessidades de cada cliente. Os meus principais serviços incluem a fotografia de retrato, e a fotografia de eventos. Trabalho intensamente no setor corporate criando imagens que fortalecem a comunicação dos meus clientes, bem como desenvolvo projetos personalizados para clientes individuais. Independentemente do projeto, o meu compromisso é garantir imagens de alta qualidade, que respondam às expectativas e objetivos dos meus clientes.
DN – Como é que as pessoas devem proceder para contratar os seus serviços da Cristo Dias – Photographer?
CD – A forma mais simples de entrar em contacto comigo é através do meu website: www.cristodias.com. Lá poderão encontrar várias formas de contacto direto. O site também serve como uma janela para conhecerem melhor o meu estilo e abordagens na fotografia, seja para projetos artísticos, comerciais ou pessoais. Estou sempre disponível para discutir ideias e encontrar soluções personalizadas que vão ao encontro das necessidades dos meus clientes.
“A fotografia é a linguagem mais universal do que as palavras”, como dizia Minor White. Transcende fronteiras culturais, linguísticas e emocionais, permitindo que sentimentos, ideias e histórias sejam contados de forma que qualquer pessoa possa compreender.
Cristo Dias
DN – A partir do momento em que alguém requer os seus serviços, como decorre o planeamento do mesmo?
CD – O planeamento do trabalho depende muito do tipo de projeto solicitado. No meu website, em www.cristodias.com/portfolio, é possível explorar as várias áreas de atuação, como retratos, moda, eventos, editorial e fotografia de produto. Cada uma destas áreas requer uma abordagem específica e personalizada, desde a conceção inicial até à execução. O processo geralmente envolve uma consulta inicial para compreender as necessidades do cliente, seguida de planeamento detalhado, escolha de locais, styling, equipa de apoio, e preparação do equipamento. O objetivo é garantir que cada sessão fotográfica seja única e vá ao encontro das expetativas e da visão do cliente.
DN – Ao ter um estúdio próprio tem possibilidade de proporcionar condições únicas aos clientes? Pode descrever as características físicas e técnicas do mesmo?
CD – O meu “playground” é um espaço único – só quem já conhece ou quem vier a conhecer entenderá porquê. Possui muita luz natural, mas também conta com um sistema de blackout que permite um controlo total da iluminação, conforme necessário. O estúdio está totalmente equipado para diversos tipos de fotografia, com uma ampla variedade de fundos, luzes de estúdio, stroblights e luz contínua. A flexibilidade do espaço permite rápidas mudanças de configuração para atender às necessidades específicas de cada projeto. Além disso, o estúdio conta com um chão de madeira maravilhoso e estacionamento público fácil, proporcionando conforto e conveniência aos clientes.
DN – Trabalha só na zona de Lisboa ou desloca-se para todo o país?
CD – O lugar mais longe onde tive o prazer de fotografar foi no Japão, o que demonstra a minha disponibilidade para viajar e abraçar novos desafios. Embora a maioria dos meus clientes se encontre em Lisboa, trabalho em todo o país, desde o norte ao sul de Portugal, ajustando-me às necessidades específicas de cada projeto. Cada local tem a sua essência e particularidades, e considero essencial adaptar-me ao ambiente para captar a melhor luz, atmosfera e emoção em cada fotografia. Seja em eventos, sessões de moda, retratos ou fotografia comercial, estou sempre disponível para deslocações, garantindo a mesma qualidade e dedicação independentemente do local. A mobilidade é uma parte essencial do meu trabalho, pois permite- me explorar novas paisagens e contextos, enriquecendo o meu portfólio e proporcionando aos meus clientes imagens autênticas e impactantes. Para mais informações sobre os meus serviços em qualquer região, os clientes podem visitar o meu website em www.cristodias. com e entrar em contacto diretamente.

DN – Que género de fotografias gosta mais de fazer?
CD – Costumo dizer que sou fotógrafo de coisas, mas principalmente de pessoas. Fotografar pessoas é algo que me fascina, pois permite captar a essência, as emoções e as histórias por trás de cada olhar, cada expressão e cada gesto. Gosto de criar imagens que revelam a autenticidade e a singularidade de cada indivíduo, seja em retratos, moda ou projetos mais autorais. Além disso, tenho um interesse especial em fotografar o corpo humano e o movimento deste. O dinamismo do corpo, a forma como ele interage com o espaço e transmite emoções através do movimento, é algo que me inspira profundamente. Explorar estas dimensões permite-me capturar imagens que refletem a beleza e a complexidade do ser humano em ação. Por outro lado, fotografar objetos e espaços desafia-me a encontrar a beleza nos detalhes, a explorar texturas, luz e composição para criar imagens que transmitam uma narrativa visual forte. Desde produtos a ambientes arquitetónicos, procuro sempre uma abordagem criativa que valorize cada elemento.
DN – O que ainda ambiciona fazer na área da fotografia?
CD – Costumo dizer que tenho um “defeito”: não sou muito ambicioso. Prefiro deixar que a fotografia me leve a novos desafios de forma natural, permitindo-me explorar diferentes áreas sem pressa ou pressão. O que realmente me motiva é a busca constante pela melhoria do meu olhar fotográfico e a vontade de chegar às pessoas através desta linguagem universal – a Fotografia. Ainda assim, gostaria de aprofundar o meu trabalho como autor, explorando temas mais pessoais e conceituais, que reflitam não só a minha visão artística, mas também as minhas experiências e perceções do mundo. Além disso, ambiciono colaborar com outros artistas e criativos, explorando novas abordagens e técnicas que possam enriquecer o meu trabalho. Acredito que a fotografia é um caminho sem fim, e o mais importante para mim é continuar a aprender, a evoluir e a desfrutar do processo, independentemente de onde ele me leve. Gostaria de poder dedicar-me à minha arte nos próximos 50 anos, explorando sempre novas perspetivas e descobrindo novas formas de expressão.