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Decifrar e Conquistar Pessoas é para tod@s

Alexandre Monteiro: Profiler, palestrante internacional e autor dos bestsellers “Os Segredos que o nosso corpo revela” e “Torne-se um decifrador de Pessoas”.

Consegue decifrar este pequeno e estranho texto?

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Claro que conseguiu ler! O cérebro tem a capacidade fantástica de se adaptar a novos padrões e os decifrar. Observar consiste na procura destas pistas e na capacidade de formar padrões de investigação. Todos os dias recebemos demasiados sinais, mas nem todos os vemos. Como novo especialista em decifrar pessoas, terá de se treinar para detetar e interpretar quais os sinais que deve observar primeiro, quais os mais importantes e onde deve procurá-los.

Como seria a sua vida se conseguisse ler e influenciar os pensamentos das outras pessoas?

Se lhe oferecessem esse poder, aceitava?

É este pensamento que me acompanha desde sempre. Durante a última década, procurei aproximar-me desta leitura de pensamentos e decidi aprender tudo sobre como decifrar pessoas com os maiores especialistas do mundo, desde especialistas em inteligência não verbal a ex-agentes do FBI, CIA, MOSSAD e M6, terapeutas, psicólogos e investigadores do comportamento humano. Sempre tive uma dose saudável de ceticismo conjuntamente com uma mente aberta quando exposto aos ensinamentos da ciência de decifrar pessoas.

Sabia que dominar e controlar essa linguagem silenciosa, a arte de decifrar pessoas, dar-me-ia o poder de saber mais sobre as pessoas, sobre quais as suas motivações, os seus medos, intenções e os seus segredos mais profundos. Através da leitura dos sinais não verbais conseguia agora descobrir mais sobre os outros e ainda mais sobre mim, conseguia antecipar comportamentos, alterar estratégias de comunicação de acordo com o contexto, proteger-me de relações tóxicas com o objetivo de melhorar os resultados do meu dia a dia.

“As palavras transmitem ideias. Os gestos, as posturas e as expressões faciais transmitem emoções. Se não existir congruência entre as palavras e os gestos, as posturas e as expressões faciais, não haverá congruência entre as ideias e as emoções.”

O corpo reflete os pensamentos e traduz em gestos, posturas e expressões faciais os verdadeiros sentimentos das pessoas. Revela, ainda, a sua verdadeira personalidade, intenções, graus de ligação, emoções, interesses e até a posição que ocupam numa conversa. Não querer ver ou não dar importância a estes sinais do corpo é pe der uma grande parte da mensagem mais verdadeira e secreta das pessoas.

Sabia que emitimos sinais mesmo quando pensamos não o fazer e nem reparamos que adotamos comportamentos que nos denunciam de uma forma óbvia? Um aperto de mão demasiado apertado, um olhar intimidador, coçar a sobrancelha de uma amiga quando lhe mostra o vestido novo ou levantar um ombro quando questiona um vendedor sobre um produto que quer comprar, todos estes sinais podem dar-lhe informações claras sobre as intenções das pessoas e levar a que, de uma vez por todas, não seja apanhado desprevenido.

Todos nascemos a saber identificar expressões faciais, gestos e posturas subconscientemente e também estamos constantemente a aprender novas expressões, gestos e os seus significados, no entanto a vida quotidiana está cada vez mais rápida, exigente e preenchida com os telemóveis e os tablets e perdemos o interesse pelos pormenores, prestando somente atenção àquilo que é novo. Devido ao excesso de estímulos, muitos continuam a manter uma confiança quase cega no poder da perceção, daí a capacidade de comunicar e entender os outros ser mais desafiante.

A linguagem corporal é utilizada há milhões de anos e está relacionada, principalmente, com o nosso sistema límbico e o reptiliano, as estruturas mais antigas do cérebro. Enquanto a linguagem verbal só surgiu há 40 mil anos e a escrita há 4 mil anos, estas duas últimas formas de comunicação só foram possíveis através do desenvolvimento da complexa estrutura cerebral denominada neocórtex, a parte mais recente do cérebro, responsável pelo pensamento racional e con ciente.

O cérebro inconsciente gere 90% de tudo o que faz, sem lhe dar conta disso, quer esteja acordado quer a dormir. Grande parte do que fazemos é inconsciente: as decisões, os gestos, a maneira de falar, andar, as expressões faciais e a postura são-nos como ditadas pelo inconsciente.

Alexandre Monteiro

Lembra-se dos gestos que fez há cinco horas? Há dez minutos? E há dez segundos?

Provavelmente não se lembra, porque 90% da linguagem corporal é inconsciente.

O cérebro inconsciente gere 90% de tudo o que faz, sem lhe dar conta disso, quer esteja acordado quer a dormir. Grande parte do que fazemos é inconsciente: as decisões, os gestos, a maneira de falar, andar, as expressões faciais e a postura são-nos como ditadas pelo inconsciente. Na maioria das vezes, nem nos damos conta das expressões faciais, dos gestos ou movimentos, que revelam o que realmente sentimos, quais as intenções ou as ações seguintes, o que torna as mensagens emitidas pelo corpo mais importantes, mais fiáveis e credíveis. Não acredite que não existem pistas, existem sempre pistas. O mais pequeno detalhe pode fazer a diferença.

Agora, de uma forma simples, poderá saber e aproximar-se do que a pessoa sente ou quais as suas verdadeiras intenções, mesmo antes de o verbalizar. É importante antecipar as intenções antes de a decisão ser verbalizada, a linguagem corporal dá-lhe o poder da antecipação e evita que esteja em modo de reação.

Todos os sinais que emitimos de uma forma não verbal, de forma consciente ou inconscientemente, revelam o que estamos a sentir, quais as nossas intenções ou ações seguintes. Ter conhecimento destes sinais, como os interpretar e otimizar, vão ser os maiores responsáveis pelo seu sucesso tanto na vida profissional, como na vida pessoal. A linguagem corporal é um dos fatores observados mais importantes na hora de decidir quem são escolhidos, quem é promovido e ainda acrescenta um encanto especial, conquistar a confiança dos outros, ajudando ainda a construir melhores relações familiares, sociais e profissionais. Tem de ser tornar um melhor OBSERVADOR!

Saber os significados dos gestos, movimentos e expressões faciais torna-se insignificante se não souber quando, como e o que observar, não só com os olhos, mas também com o resto dos sentidos. Sabemos que recebemos as mensagens através dos nossos sentidos na medida de 87% através dos olhos, 9% dos ouvidos e 4% dos outros sentidos, mas não é por isso que devemos deixar de estar atentos ao que ouvimos, como as alterações do tom de voz, ou aos cheiros, para identificar o tipo de perfume que usa ou perceber que alguém mudou de perfume. A observação é como se de um músculo se tratasse, temos de a treinar para ficar mais forte e criar um método para a tornar mais eficaz.

Quero alertá-lo para, quando interpretamos a linguagem corporal, a tendência que temos para imaginar significados, muitas vezes com base em julgamentos predefinidos. Se gosta ou não de uma pessoa, isso não pode interferir na leitura da sua linguagem corporal; portanto, é fundamental que esteja consciente de todos os estereótipos, de forma a evitar preconceitos antes de iniciar a leitura da linguagem corporal.

Se observar uma pessoa com tatuagens e piercings e outra vestida com fato e gravata, em quem acredita mais? Qual o mais competente? O mais honesto?

Se optou por um dos estilos, caiu na armadilha inconsciente dos julgamentos predefinidos, porque nada nos estilos dá a certeza de honestidade, desonestidade, profissionalismo ou competência. Prefiro acreditar que é o resultado da educação, das experiências e do que lhe disseram que seria certo ou errado desde a infância. Às vezes, os preconceitos trabalham a nosso favor, outras podem funcionar contra. Não faça julgamentos predefinidos com base em experiências e crenças anteriores.

Observar e interpretar através de um só gesto pode dar-lhe uma leitura errada do que a outra pessoa sente ou intenciona, procure sempre observar um grupo de gestos (clusters), pelo menos um conjunto de três gestos ou posturas, para precisar um determinado comportamento, atitude ou intenção. Podemos estar mais confortáveis em pé com os braços cruzados sobre o peito, porque ainda não estamos totalmente confortáveis com a pessoa ou podemos simplesmente estar com frio. Não se surpreenda quando os outros o julgam por um simples gesto. Temos de ter muita atenção para não criarmos falsos julgamentos ou perceções erradas.

Quero dar-lhe um exemplo: “Quem não olha olhos nos olhos está a mentir.” Durante muito tempo, acreditou-se que desviar o olhar era sinal de mentira, e ainda hoje há quem acredite que quem não olha olhos nos olhos não é de confiança. Esta ideia é errada, no sentido em que o olhar olhos nos olhos é como uma luta invisível de domínio e submissão. As pessoas não olham nos olhos porque normalmente sentem algum desconforto ao fazê-lo, revelam alguma timidez e insegurança. Hoje, os mentirosos sabem que não olhar olhos nos olhos pode denunciá-los, por isso têm a tendência contrária, olham demasiadamente nos olhos e de uma forma fixa.

Para a leitura da linguagem corporal, o contexto é muito importante; desconsiderá-lo é algo que não pode fazer, porque a linguagem corporal é influenciada pelo contexto. Se fala com um amigo ou desconhecido, se está no local de trabalho, no café ou em casa, estes diferentes contextos influenciarão a forma como reagimos, como nos comportamos e movimentamos. O contexto é um conjunto de variáveis como o local onde se encontra, o tipo de relação existente com a pessoa com que interage, se é o chefe, um colaborador, os filhos… Dependendo do contexto, os mesmos sinais não verbais podem assumir significados totalmente diferentes.

Durante uma reunião de trabalho, alguém que está constantemente a olhar para o relógio poderá significar aborrecimento ou querer ir embora para atender um cliente importante. Não julgue, duvide e faça perguntas para encontrar o contexto correto e assim conseguir uma leitura mais eficaz.

É importante observar o comportamento-base, porque é a forma de comparar possíveis desvios de comportamento. Quando acontecem estas diferenças de comportamento, é sinal de que algo mudou, e deverá questionar o que foi, o que aconteceu à pessoa para mudar. As traições entre o casal são muitas vezes descobertas porque um dos elementos mudou o seu comportamento-base, levando a que outro suspeitasse e começasse a investigar. Não julgue, investigue mais.

Ao observar os sinais, não faça julgamentos, questione o porquê do sinal. O que aconteceu? O que disse ou está a dizer? Quem chegou ou abandonou o local? Qual terá sido o evento ou a situação que desencadeou o movimento, o gesto ou a expressão facial?

O poder da observação tem como objetivo ajudá-lo a reconhecer, de uma forma clara e rápida, os sinais não verbais mais importantes, sem cair em armadilhas da intuição, para conseguir interpretá-los e ajustá-los, o mais rapidamente possível, ao seu comportamento, à situação ou então alterar estratégias e assim alcançar os objetivos propostos.

Observar é poderoso, no entanto, tem de comunicar como um líder porque a liderança e carisma não são falados, são sentidos. Não impinja liderança. Não resulta! Tem de ser tornar um melhor COMUNICADOR!
Quantas vezes olhou para alguém, mesmo sem a conhecer, e considerou que ela era líder ou dominante? Reparou que nem teve que pensar sobre as razões, simplesmente sentiu!

A liderança ou o carisma não podem ser pedidos ou exigidos, são um presente que as pessoas lhe dão, mediante o que faz e como se comporta e é automático, mesmo elas não controlam a esta perceção porque é inconsciente.

Alexandre Monteiro

A liderança ou o carisma não podem ser pedidos ou exigidos, são um presente que as pessoas lhe dão, mediante o que faz e como se comporta e é automático, mesmo elas não controlam a esta perceção porque é inconsciente. A liderança é sentida, é tal e qual a relação entre um cão e o seu dono. Há uma energia invisível que nos indica que devemos confiar naquela pessoa e seguir as suas orientações, e muitas vezes nem temos a perceção de que o estamos a fazer. Em todas as interações há sempre um dominante e um submisso, até no nosso grupo de amigos, facilmente sabemos indicar quem é a pessoa dominante nesse círculo.

Eu é que mando! Esta é a pior frase que um líder pode dizer, pois revela insegurança. A liderança quando tem de ser verbalizada é sempre um mau sinal, seja no local de trabalho, ou em casa com os seus filhos.

É no sistema emocional que se define se a pessoa pertence à nossa tribo ou não, se a pessoa é dominante ou submissa e o cérebro emocional é o responsável.

A liderança e o carisma são sentidos através de gatilhos e comportamentos inconscientes, biológicos, emocionais e evolutivos e não com a razão ou através de justificações. Nos Seals, a força especial americana, quando ensinam liderança, começam por dizer que há pessoas que querem mudar o mundo, mas nem a própria cama fazem, e é um mau sinal.

Porque é importante ser percebido como líder ou carismático? Somos programados através da nossa genética a seguir um líder, e quando o reconhecemos fazemos com mais facilidade o que ele nos pede. Uma das melhores ferramentas de influência e uma forma de alcançar o que deseja, seja aquele trabalho, uma promoção ou ficar com a pessoa da sua vida, ou simplesmente ser ouvido, é ser percebido como líder ou carismático.

Na formação, os espiões aprendem a ter consciência dos comportamentos de medo, primeiro porque identificam logo pessoas que são mais fáceis de influenciar e controlar e, em segundo, percebem os seus próprios comportamentos inconscientes de medo que prejudicam a sua imagem de liderança, carisma e confiança. Saber lidar com o medo e com a dor é essencial para não perder o rumo e ficar vulnerável. Se detetarem ou souberem o seu medo mais profundo, ganham domínio e poder de controlo sobre si.

Comportamentos mais comuns observados no dia a dia, que um líder deve evitar:

  1. Negatividade
  2. Minimizar as outras pessoas
  3. Raiva
  4. Falta de autocontrolo emocional
  5. Falta de higiene ou aparência descuidada
  6. Postura encolhida
  7. Movimentos rápidos constantes
  8. Discurso rápido
  9. Ritmo acelerado ao andar
  10. Má postura
  11. Explosão emocional repentina
  12. Piscar muito os olhos
  13. Arranjar frequentemente a roupa ou postura
  14. Tocar na cara com frequência
  15. Falta de interesse genuíno pelos outros
  16. Falar alto
  17. Comportamento agressivo
  18. Qualquer comportamento destinado a atrair a atenção
  19. Roupas ou acessórios barulhentos
  20. Resposta agressiva quando confrontados
  21. Desconforto quando recebe elogios ou quando não os recebe
  22. Excesso de joias
  23. Desculpar-se em demasia
  24. Ansiedade social
  25. Medo de ser interrompido
  26. Medo do confronto
  27. Reclamar, murmurar ou pedir pena
  28. Excesso de críticas ao meio ambiente ou aos outros
  29. Refilar ou amuar
  30. Bullying
  31. Culpar constantemente as outras pessoas, eventos ou circunstâncias
  32. Desonestidade
  33. Conformidade de opinião, não partilhando opiniões quando necessário ou medo de dizer não.

Para compreender melhor a liderança temos que compreender o padrão do mundo animal. Que comportamentos são mais usuais em animais que são escolhidos como o líder do grupo? Sim, escolhidos, porque a liderança é oferecida e não imposta. É engraçado perceber que algumas pessoas, para serem percebidas como líderes, são agressivas. Muitos comportamentos de agressividade são só uma tentativa de domínio pela falta de capacidade de o transmitir inconscientemente.

A liderança é-nos oferecida não pelas palavras que dizemos, mas sim pelos nossos comportamentos não verbais.

Não há maus líderes, há líderes nos locais errados. Um tubarão pode ser muito eficaz no mar, mas quando colocado a subir um arvore é incompetente. Por este motivo é bom compreender que tipo de líder é.

Independentes, pessoas que não gostam de trabalhar em equipa, nem de ser controladas, são mais eficazes sozinhas, em ambientes mais tranquilos e apresentam melhores resultados com liberdade.

Quando trabalho com algumas empresas reparo que há chefias, a quererem controlar todos os passos deste líder ou colaborador, no entanto este controlo vai ter o efeito contrário, ou seja, a insatisfação. Nem todas as pessoas são boas e eficazes a trabalhar em equipa.

A liderança é-nos oferecida não pelas palavras que dizemos, mas sim pelos nossos comportamentos não verbais.

Alexandre Monteiro

Diretivos, pessoas que gostam de trabalhar em equipa especialmente se são as que as chefiam, têm a necessidade de orientar, controlar e criar regras. Trabalham bem sob pressão e são condutores de pessoas. Este líder pode ter desafios com a equipa devido ao seu ego elevado.

Cooperativos, pessoas que não gostam de ter cargos de liderança, trabalham bem em ambiente de trabalho horizontal, onde não há um líder instituído, mas sim de igualdade, entreajuda e cooperação. Um erro que assisto regularmente é o de promoverem este líder a cargos de chefia, mas ele vai ter mais dificuldades na exigência de resultados ou na gestão de pressão. Estes líderes são perfeitos para equipas que exijam divisão de responsabilidade e trabalho em grupo.

Comportamentos de um líder…

Independentemente do tipo de liderança, existem comportamentos que um líder tem de ter em conta e que são essenciais. Não basta ser, é preciso parecer. As ações mudam a neurobiologia. A MOSSAD ensina que se mudar a perceção, muda as emoções, logo muda a biologia e assim aumenta a possibilidade de se controlar ou os outros.

Boas decifradelas e excelentes Conquistas.

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